Guia da Fome: Santa Orgânica
Nunca fui fã de comidas saudáveis, confesso. Na verdade, a minha alimentação sempre foi muito básica, não sou chata pra comer e fico satisfeita com uma comidinha bem temperada e caseira.
E então me vi jantando no Santa Orgânica.
Acontece que meu primo que mora em Florianópolis, e é vegetariano, estava aqui em Belém pra comemorar 30 anos de lindeza nessa vida. Estudamos o cardápio de alguns restaurantes que oferecem pratos vegetarianos, e ele optou pelo Santa Orgânica.
E lá estávamos.
A proposta é uma alimentação funcional e saudável, o que já assusta uma viciada em temperos como eu. O ambiente é super gostoso, colorido e aconchegante. Te passa aquele climinha bom de vida saudável que eu tanto queria trazer definitivamente pra minha vida. Reservamos uma mesa para 15 pessoas e assim que chegamos, começamos a fazer os pedidos.
Pra começar, eu e Rafael escolhemos uma coxinha (R$14,90) que é feita com massa de batata doce, fécula de batata, frango orgânico e requeijão. O petisco é empanado com farinha de linhaça e gergelim, e em seguida é frito com óleo de coco. Assim que chegou, deu pra perceber que elas estavam quentinhas e com uma cor bem linda que só o que é frito pode ter (<3). Na primeira mordida, eu já fiquei feliz: era tudo crocante e a massa estava tão boa quanto essas que a gente come em padoca. O recheio estava com pouquíssimo sal e quase nenhum tempero, só consegui sentir um pouco de coentro, e ainda assim estava gostoso. Ah, a porção vem com molho de acerola e mel! 🙂
(Cestinha de coxinha com molho de acerola e mel)
Em seguida, escolhi um risoto de camarão, abóbora e chia (R$49,00), enquanto o Rafael também optou por um risoto, mas de açafrão com lula e polvo (R$69,00). Enquanto esperávamos nossos pratos, fui provando os que estavam servidos. Minha mãe pediu um nhoque de batata doce com molho de tomate orgânico (R$30,00) que eu gostei bastante. Já a vovó comeu berinjela de forno, que também estava boa.
(Risoto de açafrão, lula e polvo do Rafael)
Maaaas o prato vencedor da noite foi o meu mesmo! Nada é capaz de barrar camarão, né? Meu risoto estava bem saboroso, gostei até da chia que deu uma crocância legal na composição do prato. O Rafa não ficou muito satisfeito com o prato dele, apesar de eu ter provado e não ter achado ruim.
(Risoto de camarão, abóbora e chia)
Pedimos também uma garrafa de vinho (cabernet sauvignon) que custou R$69,00. Além disso, também pedimos um suco chamado “da luz do Sol”, que é feito com limão, maçã, couve, hortelã e gengibre (R$10,00). Confesso que não sou fãzoca dessa mistureba de ingredientes, mas tomei tudo sem reclamar.
(Suco luz do Sol)
Uma das coisas que gerou comentário na mesa é que muitas opções que constavam no cardápio não estavam disponíveis no dia que fomos, principalmente alguns sucos e sobremesas. O garçom que nos atendeu era um amorzinho de pessoa, super atencioso e prestativo, mas esqueceu de um dos pratos. O que na hora não gerou muito problema, já que ninguém ali tava com pressa. Aliás, o atendimento é impecável, gente. Aqui em Belém é complicado de a gente achar pessoas tão proativas. A equipe está de parabéns, eu adorei o cuidado que tiveram conosco, do início ao fim. <3
Acho que quando a gente se propõe a ir num lugar totalmente diferente do que estamos acostumados, temos que ir com a cabeça bem aberta, e foi isso que eu fiz. Entendi de verdade que esse tipo de cozinha é pra quem gosta, não pra qualquer um. Pra mim, estava tudo bem feito, mas senti falta dos temperos, porque o meu paladar já está acostumado a outro tipo de comida. A maioria dos pratos do Santa Orgânica é sem glúten e sem lactose, o que é ótimo, mostra que hoje os celíacos e os intolerantes à lactose têm mais opções aqui em Belém.
É isso! Beijos e até a próxima. 😉
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→ Custo médio: entre R$ 30,00 e R$ 80,00
→ Atendimento: excelente
→ Ambiente: aconchegante
Serviço:
Endereço: Av. Gentil Bittencourt, 1575
Horário de funcionamento: Domingo e Segunda-Feira -> 12h às 15h30 / Terça-Feira a Sábado –12h às 15h30 e 19h às 23h